História ORIGEM HISTÓRICA DE IRACEMINHA
Autora: Neadite Maria Vivian
Fundadora do Centro de
Memórias de Iraceminha-CMIR
Tel.: (49) 3665-3200 memóriairacema@yahoo.com.br
Iraceminha está localizada na grande região oeste de Santa Catarina, associada aos municípios da microrregião da AMERIOS – Associação dos Municípios do Entre Rios/SC, situada no Sul do Brasil, integrando os países do MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.
Segundo a Revista História Catarina (2007), na década de 30 o extremo oeste catarinense recebeu a visita de uma comitiva governamental para desbravar e tomar posse do território mais contestado da federação brasileira. Naquela época, a região era disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina e confinada aos serviços oferecidos pelos cidadãos da Argentina. Em 1942 o presidente Getúlio Vargas criou sobre o solo catarinense o Território do Iguaçu, que dividiu o estado em duas partes, vindo a ser extinto somente no ano de 1952 e permitindo a tão sonhada integração entre os litorâneos e os oestinos catarinenses, acabando com o abandono, o confinamento e a disputada de terras. Neste período iniciou o grande fluxo da fase colonizatória.
De acordo com Werlang (2006), entre as empresas que atuaram na colonização do oeste de Santa Catarina destacou-se a Companhia Territorial Sul Brasil, constituído em 23 de maio de 1925, formado por 14 acionistas e sediada em Porto Alegre, RS, que no ano de 1926 contratou como diretor gerente Carlos Culmey, cabendo-lhe a tarefa de planejar e executar o plano de colonização de suas terras.
Conforme o citado autor, as cidades que tiveram sua origem planejada desde o início da colonização são: Palmitos, com a venda das chácaras em setembro de 1927; São Carlos, em 1928; Cunha Porã, em março de 1932; Saudades e Caibí, a partir de 1935 e Maravilha somente a partir de 1952. Posteriormente, surgiram certos núcleos urbanos a partir do desenvolvimento dos núcleos coloniais, a exemplo de Riqueza, Serra Alta e IRACEMINHA.
O BATISMO DE IRACEMINHA
Em meados da década de 40, Ricardo Vivian, um dos proprietários da Empresa Iguaçu de Transportes Ltda. que fazia o trajeto Serafina Corrêa a Passo Fundo, RS e José Zanela, estes após terem assinado a compra de várias áreas de terras da Companhia Territorial Sul Brasil, foram indicados como agentes colonizadores da região oeste catarinense.
Os agentes colonizadores da Companhia eram responsáveis pela organização do núcleo urbano, comprando e vendendo terras, transportando famílias, oferecendo suportes, instalando empresas e atividades que auxiliassem no desenvolvimento da localidade. Para isso, a Companhia exigia que os agentes colonizadores fossem pessoas idôneas e de relacionamento amistoso com os colonos.
No ano de 1947, os gaúchos José Zanela e Ricardo Vivian, após inúmeros contatos e viagens ao oeste catarinense chegaram às margens do Lajeado Iraceminha, para reconhecer a área a ser povoada. O local de chegada dos agentes foi a garagem da Companhia, que estava instalada ao lado esquerdo do Lajeado, atualmente onde reside o Sr. Luizinho Provensi. Ao atravessar o Lajeado, hoje onde fica localizado o Bar da Nena, os agentes encontraram dois caboclos acampados em um rancho, Adão Farias e o popular Candeia, que auxiliavam a Companhia na abertura das picadas e nas medições das terras. Naquela noite os agentes pernoitaram embaixo de uma árvore, mantendo uma fogueira acesa para que não fossem atacados pelos animais. Ao amanhecer, os agentes e os caboclos, munidos de capas, botas, armas, um salame e muita coragem iniciaram a caminhada mata adentro, em direção ao Rio das Antas para o reconhecimento da área, compreendida entre Barro Preto e Rio das Antas.
Neste ano de 47, a área do loteamento ainda não havia sido demarcada e nem denominada, apenas o Lajeado recebeu da equipe de medição o nome de Lajeado Iraceminha, eis que os traçados das terras iniciavam pelos rios, único meio de tráfego existente na época.
Os primeiros contratos de compra e venda de terras com a Companhia foram realizados pelos agentes no ano de 1947, entre os quais, a Gleba Mundo Novo, com área de 1.173.765 m2, pertencente a Otto Niemeyer; Em 10/08/1951, Zanela e Vivian, assinam contrato de compra e venda com a Companhia da 1ª Gleba, polígonos nº. 3, 5 a 6, da Seção Sargento, nº. 203, 244 e 293 a 357, com 30.324.708 m2, 2ª Gleba, polígonos 1, 2, 3, 4 e 5, Seção Taraíras, nº. 1 a 59, 70 a 107, 126 a 208, com área de 60.572.013,10 m2 e 3ª Gleba, polígonos 3, 4 e 5, Seção Biguá, nº. 83 a 181, com área de 37.901.240,82 m2.
Parte do lote nº 79 da Seção Iraceminha, com 35.489 m2 e lotes nº 80 e 81, da mesma Seção, com 508.000 m2, somando estes 543.489 m2, foram permutados com os lotes coloniais nº 1, da Seção Burro Branco, com área total de 325.489 m2 e o lote nº 113, da Seção Cedro, com 218.000 m2, somando em conjunto o total de 543.489 m2. . A partir daí, Iraceminha começa sua ocupação e colonização legal.
Em 1948 instala-se no lado esquerdo do Lajeado Iraceminha a família de Alfonso Korb, onde hoje está localizado o campo do Clube Nova Estrela, vinda da localidade de Espuma, do Rio Chapecó, com o objetivo de trabalhar no plantio de milho e caçar, esta em abundância na época, conforme indicação dos moradores de Riqueza. Ao chegar, Alfonso Korb encontrou a equipe da Companhia trabalhando na medição das terras e ajustou trabalhar para a Companhia em troca de uma área de terra. Esta família contribui na abertura de estradas e na derrubada da mata, que era transformada em vigas e arrastadas até o Rio das Antas, seguindo pelo Rio Uruguai até São Borja, RS. Construíram também a primeira indústria de moagem de milho – moinho- com a força da água do Lajeado Iraceminha no ano de 1950 e permaneceram por mais de cinco décadas no município.
Ainda neste ano, foi construída a primeira casa no lado direito do Lajeado Iraceminha, onde se encontra hoje a casa de Fermino e Ângela Tumelero, servindo de pensão, moradia e casa de oração para as pessoas que chegavam ao lugar.
Em 1951 instala-se a primeira indústria madeireira, onde atualmente está localizado o Bar Comparin e em 1952 chega a máquina para a serragem das primeiras tábuas. Com a indústria madeireira começa a construção das primeiras edificações de Iraceminha.
No ano de 1952 foi construída pela Companhia a casa do migrante, chamada Casa da Misericórdia, que servia para acolher as famílias do fluxo migratório. Também foram construídos o hotel de dois andares de Vendelino Serafini, as casas da família Zanela, Ângelo Dionísio Debastiani , casa de moradia e comércio de Albino Vivian, filho do agente colonizador Ricardo Vivian, utilizada como ponto de registro das compras de terras e local de oração das famílias católicas, todos no lado direito do Lajeado Iraceminha.
Com a instalação da Companhia no lado esquerdo do Lajeado Iraceminha, algumas casas também foram construídas neste local, entre as quais, o comércio de Leopoldo Gaier, que buscava as mercadorias com carroça de mulas na cidade Saudades, a casa e moinho de Pedro Pasqualotto, o salão de bailes e bolão de Roberto Eugenio Schneider e a serraria de Érico de Carli.
Entre os anos de 1951 a 1952, José Zanela assumiu a colonização de Flor do Sertão e Ricardo Vivian assumiu a implantação da nucleação de Iraceminha. Depois de medido e mapeado o local do loteamento, a Companhia e seus agentes denominaram o nome do novo núcleo, que em atributo a beleza do Lajeado Iraceminha, bordado pela paisagem deslumbrante dos cedros, loros e araucárias, denominou-se IRACEMINHA, conforme mapa datado de 18 de abril de 1954 e escritura pública assinada pelo comprador em 08/03/1955, sob o nº. 33.991.
NUCLEAÇÃO
Algumas famílias pioneiras da comunidade, local e ano de chegada:
Alfonso Korb |
Lado esquerdo do Lajeado |
1948 |
Francisco Rossoni |
Centro |
1952 |
Vendelino e Elide Serafini |
Centro |
1952 |
Galhano e Domingas Provensi |
Centro |
1952 |
Desidério Constante e Vilma Provensi |
Centro |
1952 |
Antonio e Itália Poltronieri |
Centro |
1952 |
Dorvalino e Urora Aguinoni |
Centro |
1952 |
Domingos de Araújo |
Centro |
1952 |
Fridolino Pak |
Centro |
1952 |
João e Amélia Dalmolin |
Centro |
1952 |
Leopoldo e Rosa Gaier |
Lado esquerdo do Lajeado |
1952 |
Lindolfo Muller |
Centro |
1952 |
Alfredo e Natalina Biazoli |
Linha Biguazinho |
1952 |
Augusto e Cecília Bërft |
Linha Campinas |
1952 |
José e Cristina Scaravonato |
Linha Campinas |
1952 |
Antonio e Marcilia Tumelero |
Linha Campinas |
1952 |
Pedro Bernardo e Olinda Engel |
Linha Bonita |
1952 |
Alécio e Clementina Lovera |
Linha Campinas |
1952 |
Luiz e Lidia Chielle |
Linha Nova Ibarama |
1952 |
Antonio e Nuciata Zanella |
Linha Nova Ibarama |
1952 |
Reinaldo e Jadira de Faveri |
Linha São José do Laranjal |
1952 |
Francisco e Ana Rabutka |
Linha Biguá |
1952 |
Herbert e Jovelina Chadat |
Centro |
1952 |
Claudino e Maria Zanela |
Centro |
1953 |
Albino e Terezinha Zanella |
Linha Nova Ibarama |
1953 |
Albino e Arayde Vivian |
Centro |
1953 |
José e Elvira Capeletto |
Linha Campinas |
1953 |
Bertoldo e Maria Hermann |
Centro |
1953 |
Ermindo e Bronilda Rauber |
Linha Santa Fé |
1954 |
Irineu e Abrelina Stefenon |
Linha Campinas |
1954 |
Beto e Emília Borlina |
Linha Biguá |
1954 |
Adão e Eva Maria Anahlt |
Linha Biguá |
1954 |
Demirio e Unilda Stella |
Linha Nova Ibarama |
1954 |
José e Iolanda Vivian |
Linha Campinas |
1954 |
Santo e Zelmira Alberti |
Linha Campinas |
1955 |
Luís e Ângela de Marco |
Centro |
1955 |
Irani e Teresinha Bolfe |
Centro |
1955 |
Arduino e Irma Pedrassani |
Linha Campinas |
1955 |
João e Catarina Strapazzon |
Linha Campinas |
1955 |
Roberto e Lidvina Schneider |
Lado esquerdo do Lajeado |
1955 |
Fermino e Amélia Biazoli |
Linha Moroé |
1956 |
Alfonso e Selvina Schteckling |
Centro |
1956 |
Odílio e Cremetina Techio |
Linha Biguá |
1957 |
Santo e Rosina de Marco |
Centro |
1957 |
Vilson e Maria Assoni |
Centro |
1957 |
Oscar e Philomena Kunz |
Linha Biguá |
1957 |
Vitorino e Lucia Gasparin |
Linha Lambari |
1957 |
Plínio e Adelina Dal Maso |
Linha Biguá |
1958 |
Antério e Maria de Marco |
Linha Müller |
1958 |
Antônio e Teolide Sandrin |
Linha Lambari |
1958 |
Albino e Leonora Pan |
Centro |
1958 |
Quintílio e Lúcia Gervasoni |
Centro |
1959 |
Pedro e Bronilda Horn |
Linha Campinas |
1960 |
Luís e Josephina Seben |
Linha Biguá |
1960 |
Geromin e Cleide Pasqualotto |
Linha Alto Biguá |
1960 |
Aldemiro e Teresinha Rossato |
Centro |
1961 |
Marcelo e Maria Pasqualotto |
Linha Lambari |
1961 |
Armando e Santina da Costa |
Linha Moroé |
1962 |
Valentim e Gema Bernardi |
Linha Alto Biguá |
1962 |
Avelino e Maria Balbinot |
Linha Lambari |
1964 |
Jacob e Maria Vedelago |
Linha Lambari |
1964 |
Bruno Terezinha Vivian |
Linha Campinas |
1965 |
João e Santina de Marco |
Linha Campinas |
1966 |
Valdomiro e Lizita Gomes de Moraes |
Linha Campinas |
1967 |
Osvaldo e Maria Rauber |
Linha Alto Biguá |
1968 |
No final da década de 40 inicia o traçado e a legalização das áreas urbanas e rurais para a ocupação dos migrantes gaúchos, onde iniciaria uma árdua tarefa de colonização para quem deixou no Rio Grande do Sul os amigos e parentes, significando uma nova etapa da vida sem chance de falhar. Era o início de tudo e tudo por começar: abertura de estradas em florestas fechadas, não havia escolas, rezavam nas casas das famílias ou debaixo das árvores, os recursos de saúde eram precários, o trabalho agrícola todo braçal e o produto sem comercialização.
Somente no ano de 1953 houve a comercialização de certos produtos, entre eles o milho e o feijão, que eram os mais cultivados na época. O trabalho dos primeiros colonizadores foi uma tarefa difícil e com poucos recursos ou quase nada, a maior força de trabalho era da própria família, inclusive das mulheres, onde todos tinham que sobreviver pela força da agricultura familiar. Os que se instalavam na área urbana não dispensavam as atividades agrícolas.
Atraídos por terras férteis, de valores acessíveis e madeira em abundância, os colonizadores vinham apostar numa vida promissora, já que a maioria das famílias era formada por jovens casais e com grande número de filhos, que contribuiria para o cultivo das novas terras.
Em 1954, a pedido do agente colonizador, chega o primeiro dentista em Iraceminha, Sr. Aldemiro Rossato, para os primeiros atendimentos na vila e no interior. A saúde nesta época era uma necessidade prioritária e de segurança, já que os recursos maiores eram de outras localidades e que o acesso era precário e ninguém se atrevia a deslocar-se sem transportes e sem estradas. As vacinas eram prioridade para as crianças, pois o governo e a Companhia determinavam que os próprios moradores aplicassem. A maior preocupação era que fossem afetados por epidemias, já que o habitat era completamente diferente ao de origem. Em 1956 foi construído pelo agente colonizador um arrojado projeto hospitalar, por meio de recursos próprios. Várias foram as tentativas e propostas para que um médico se instalasse no lugar, porém não houve acordo e a casa se transformou em escritório do agente e da Companhia, casa de comércio e de moradia do Sr. Santo Tondo, procurador de Ricardo Vivian até o ano de 1972.
A religião foi marcada pela necessidade dos moradores permanecerem unidos pela fé, solidariedade e trabalho. A comunidade católica era formada por aproximadamente vinte famílias. Também havia um pequeno núcleo de famílias evangélicas, onde o convívio era necessariamente solidário e harmonioso. Antes disso, as missas, cultos e os terços eram celebrados a céu aberto, sob a sombra de árvores e lonas e nas casas dos primeiros moradores.
A educação foi fator preocupante na época. Com a ajuda da pequena comunidade, instalou-se a primeira sala de aula numa das casas com aproximadamente trinta e dois alunos, sendo a primeira professora oficial a Sra. Maria Olinda Hermann.
No lazer, as mulheres reuniam-se aos domingos a tarde em uma das casas para tomar chimarrão, repartindo bolachas e cuidando das crianças que ficavam brincando no pátio. O lazer dos homens era jogo de cartas, futebol, caça e pesca, existente em abundância na época. O banho em rios, cachoeiras e lajeados era um lazer saudável, pois as águas eram cristalinas e sem contaminação. A coleta de mel era considerada um lazer, além de garantir um alimento. Os bailes eram realizados nas residências recentemente construídas. As festas religiosas davam o maior destaque em todos os núcleos. Os churrascos, doces, vinhos, sucos conservavam a tradição do povo gaúcho. A cerveja também era incluída na gastronomia da migração. A polenta, o pão de milho, a caça, a pesca, o cultivo agrícola constituíam a alimentação básica e a sustentabilidade das famílias pioneiras.
As primeiras famílias trouxeram consigo os valores sócios culturais. Os talentos musicais eram manifestados pelos instrumentos de acordeão, clarinete, violão, trombone e bandônio, apresentando suas melodias e canções. Era costume um grupo de pioneiros cantarem em véspera de reis, no mês de janeiro, cultivando a alegria da boa vizinhança.
Formada a vila ou sede de Iraceminha, como era denominada na época, o plano de colonização se estendeu para o interior, por meio da implantação das linhas ao longo do tempo, que receberam as seguintes denominações: Linha Vila Nova, Linha Avante, Linha Fortaleza, atualmente denominada Linha Moroé, Linha Biguazinho, Linha Alto Biguá, Linha Campinas, Linha Müller, Linha Bonita, Linha Biguá, Linha Explendor, Linha Marrecas, Linha Santa Fé, Linha Lambari, Linha São José do Laranjal, área esta visionada e medida pela Companhia em que foi adquirida pelo Sr.Olímpio Vizentim, agente colonizador e fundador do núcleo de São José do Laranjal, hoje distrito de Iraceminha, Linha Três Irmãos, Linha Planalto, atualmente denominada Linha Nova Ibarama, Linha Loro, Linha Quarai, Linha Pavão, Linha Sabiá, Linha Gaúcha e Linha Sete Amigos.
Iraceminha teve na agricultura a sua principal fonte de renda. As colheitas eram tão fartas e o território tão amplo que houve a necessidade de um movimento emancipatório.
EMANCIPAÇÃO
Sob a Lei nº 27, de 17 de agosto de 1959, Iraceminha passa a ser o primeiro distrito do município de Cunha Porã e a partir desta data o distrito teve participação ativa na vida política do município-mãe.
Em 1981 foi formada a primeira comissão emancipatória de Iraceminha e o processo não foi aprovado na Assembléia Legislativa do Estado, devido às exigências severas da época. Em 1985 formou-se uma nova comissão, contando com o apoio de toda a comunidade, marcando o plebiscito para o dia 18 de outubro de 1987, sendo que mais de 90% da população foi favorável e a Assembléia Legislativa aprovou a criação do município.
Infelizmente, no ano de 1988 o então governador do Estado de Santa Catarina, Sr. Pedro Ivo Campos vetou a criação do município, o caso foi parar na justiça e Iraceminha perdeu em todas as instâncias, inclusive em Brasília- DF.
Neste ano, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 Iraceminha pôde ver o sonho de seu povo quase concretizado. A nova Constituição muda os critérios para as emancipações e no ano de 1989, exatamente no dia 26 de Abril de 1989, o Governador Casildo Maldaner, através da Lei Estadual nº 7.577, criou o município de Iraceminha.
No dia 15 de novembro do mesmo ano ocorreu a primeira eleição para a escolha do prefeito, vice-prefeito e vereadores do município, sendo eleitos o Sr. Rosalino Augusto Dalmolin (in memorian) prefeito e o Sr. Avelino da Costa, vice-prefeito.
Os primeiros vereadores de Iraceminha foram Antoninho Vedelago, Almir da Rosa, Jovelino Baldissera, José Foresti (in memorian), Luiz Carlos Zanella, Luiz Carlos Didomênico, Sedir Paini, Valci Dal Maso e Valcir Sabino Capelleto.
Os vereadores, prefeito e vice-prefeito tomaram posse no dia 1º de janeiro de 1990 e o Centro Administrativo funcionou inicialmente numa casa de madeira anteriormente ocupada por servidores públicos municipais. O novo Centro Administrativo foi inaugurado em setembro de 1991 com a presença do Governador do estado Sr. Vilson Kleinubing.
A partir daí, o município organizou-se tomando amplas dimensões de progresso e de destaque, sempre com a participação do seu povo ordeiro e trabalhador, assim como as ações públicas do legislativo e executivo iraceminhense.
Iraceminha é bom de viver aqui.
DADOS DO MUNICÍPIO
Data de fundação |
26/04/1989 |
Lei de criação |
Lei nº 7.577, de 26 de abril de 1989 |
Etnias colonizatórias |
Italiana, alemã, polonesa e cabocla |
Gentílico |
Iraceminhense |
Unidade federativa |
Santa Catarina |
Cep |
89891.000 |
Mesorregião |
Oeste Catarinense |
Microrregião |
AMERIOS |
Distância até a Capital |
740 km |
Limites geográficos |
Norte: Maravilha e Flor do Sertão Sul: Riqueza e Caibí Leste: Cunha Porã e Caibí Oeste: Descanso |
Área |
164, 376 Km2 IBGE 2011 |
População |
4.253 Hab – IBGE 2010 |
Eleitores |
3.225 – FECAM 2010 |
Altitude |
450 m |
Clima |
Mesotérmico úmido (subtropical temperado) |
Economia |
Agropecuária com tendências de fruticultura, avicultura e bovinocultura |
IDH |
0.777 |
PIB [mil] |
R$ 33.400,00 |
Gestão atual 2009/2012 |
Prefeito: Avelino da Costa (PMDB) Vice-prefeito: Itacir Manica (PT) |
BIBLIOGRAFIA
CMIR – Centro de Memórias de Iraceminha. Lei municipal nº 943, de 20 de agosto de 2007 e Decreto nº 65 de 26 de dezembro de 2007.
Disponível em: http://www.amerios.org.br/. Acesso em 07/03/2011 e 10/05/2011
Disponível em: http://www.iraceminha.sc.gov.br/. Acesso em 20/03/2011.
Disponível em: http://www.ibge.com.br/. Acesso em 04/05/2011.
GUIA DOS MUNICÍPIOS CATARINENSES. Federação Catarinense de Municípios – FECAM. Florianópolis, 4ª edição. 2009/2010.
Museu Padre Fernando Nagel, Maravilha, SC.
REVISTA HISTÓRIA CATARINA. Lages: Editora Leão Lobo, vol. II, n. 2, jan/mar. 2007.
WERLANG, Alceu Antônio. Disputas e ocupação do espaço no oeste catarinense: a atuação da Companhia Territorial Sul Brasil. Chapecó: Argos, 2006.
Este documento está protegido pela Lei n° 1.100/2011 de 17 de maio de 2011.
Centro de Memórias de Iraceminha, Administração Municipal e Câmara de Vereadores de Iraceminha SC.
Gestão 2009/2012
Iraceminha, dia 20 de maio de 2011.
Acesso: http://www.iraceminha.sc.gov.br/
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